Animais que se proliferam nessa época do ano em Itabira
Animais que se proliferam nessa época do ano em Itabira
O coordenador do Controle de Vetores da Seção de Vigilância Epidemiológica, César Augusto Nunes, alerta que o veneno do escorpião pode ser fatal em crianças e idosos. “O aracnídeo pode estar presente em locais como condomínios, principalmente aqueles que possuem galerias subterrâneas, ou imóveis próximos a entulhos ou obras”, disse, acrescentando que o escorpião alimenta-se principalmente de baratas.
Já os ratos, que fazem parte da dieta das serpentes, podem transmitir leptospirose. César Nunes explica que há meios de controlá-los, mas a forma mais eficaz é o morador cuidar de suas propriedades e descartar o lixo corretamente. “Sinto que as pessoas estão despreocupadas, mas isto deve ser tratado com seriedade, porque é um problema de saúde pública. Deve-se separar o lixo corretamente e não deixá-lo exposto com restos de comida, pois isso favorece o aparecimento desses animais”.
Ações preventivas
Segundo César Nunes, a SMS realiza as pulverizações e desratização em redes de esgotos dos bairros de Itabira. Ele acrescenta que as baratas, escorpiões e lacraias podem ser eliminados com a dedetização, utilizando-se produtos específicos para cada tipo de animal. Entretanto, há medidas que podem contribuir para que esses animais mantenham-se afastados das residências e acidentes sejam evitados:
– Evite o acúmulo de água parada;
– Mantenha o interior da casa e a área ao redor da residência limpos. Pulverize jardins e limpe terrenos baldios;
– Aranhas e escorpiões preferem ambientes escuros e úmidos. Por isso, faça a limpeza dos armários. Examine calçados e roupas antes de usá-los;
– Faça a vedação de frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés. Utilize telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
– Em locais ou situações de risco de acidentes por animais peçonhentos, como matas, telhas, áreas com acúmulo de lixo, serviços de jardinagem, atividade de lazer e limpeza e deslocamento de móveis, sempre utilize equipamentos de proteção individual (EPI’s), como luvas de couro, botas de cano alto e perneira;
– Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou atacá-lo, mesmo que pareça morto. Não tente removê-lo sem ajuda de um profissional qualificado.
Mais orientações podem ser obtidas na Seção de Vigilância Epidemiológica pelo telefone (31) 3839-2600.
Como agir em caso de acidente
Os animais peçonhentos possuem glândulas produtoras da peçonha, uma substância tóxica que é liberada quando eles atacam ou se defendem. A vítima pode sofrer diversas reações, como a destruição de células e tecidos da área atingida, hemorragias internas, paralisias e até morte.
Caso a pessoa seja atacada, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, o local da lesão deve ser lavado com água e sabão e a vítima deve ser mantida em repouso até a chegada ao pronto-socorro. Informe ao profissional de saúde as características do animal que causou o acidente.
Não amarre o membro acidentado, nem tente sugar o ferimento com a boca. Embora quando ingerida, geralmente, a peçonha se torne inativada (devido à ação das enzimas digestivas presentes na saliva), a peçonha penetra na mucosa bucal, fazendo com que o socorrista também sofra o efeito do veneno. A aplicação de qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) na lesão não é indicada. Também não se deve cortar ou furar o local da picada para tentar extrair o veneno.
[RodUn]