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Belo Horizonte

Na origem de toda cidade existe um sonho. Deixando para trás o que têm, aventureiros que partem para fazer a vida em um local desconhecido carregam consigo apenas a esperança de dias melhores. Para eles, só o futuro importa. Misterioso, ele desafia o homem, ao mesmo tempo prometendo prosperidade e ameaçando com incertezas e dificuldades.

A história de Belo Horizonte não é diferente. Planejada para ser a capital de Minas Gerais, a cidade surgiu num período marcado por muitas transformações. A Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, os progressos da ciência e da indústria se espalhavam no ar uma onda de otimismo, fazendo com que se acreditasse possível construir uma sociedade perfeita. Imigrantes estrangeiros, mineiros do interior e gente de todas as partes do país vieram para cá. Buscavam empregos, melhores oportunidades de vida e, sobretudo, a modernidade. Esses bravos sonhadores ergueram a Nova Capital.

Hoje, passados cem anos, aquela aventura tornou-se memória. Os sonhos dos pioneiros deram lugar à realidade. Nem tudo saiu como planejado. Desde cedo, Belo Horizonte enfrentou problemas e logo constatou que a perfeição era inalcançável. A capital desenhada por técnicos e engenheiros, estudada e planejada com rigor científico era um cidade habitada – mais do que o traçado de suas ruas, mais que de prédios construídos, a cidade é feita de pessoas. E é no movimento diário dessa gente, no trabalho, nas escolas, nas lutas do dia-a-dia que ela ganha vida.

Nenhum plano, por mais rigoroso que fosse, seria capaz de torná-la perfeita. Mas, certamente, são as ações de cada um de seus cidadãos que podem fazer da cidade um lugar mais humano, mais justo e melhor de se viver. Esta é, precisamente, a maior lição que nos ensina a história de Belo Horizonte.

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 Belo Horizonte é a moderna capital de Minas Gerais, 5ª mais populosa cidade brasileira (3ª se considerada a área metropolitana), segundo estimativas do IBGE de 2007. Os dados da capital mineira são os seguintes:

Habitante (naturalidade): belo-horizontino

Data de fundação: 12.12.1897
Área: 330,95 km²
Limites: Ribeirão das Neves (Norte e Noroeste), Santa Luzia (Norte e Nordeste), Sabará (Leste), Nova Lima (Sul e Sudeste), Ibirité (Sudoeste) e Contagem (Noroeste e Oeste).
Altitude média: 858,3 metros
DDD nacional: 31
Distância de Brasília: 716 km pela BR-040
População: 2.375.444 (2010)
Área Metropolitana: 4.885.000 (2006)
População urbana: 93,27% (2006)
População rural: 6,73% (2006)
Domicílio particulares: 628.334 (2001)
Empresas registradas: 116.613 (2003)
Automóveis: 626.577 (2004)
Jornais diários: 06 (2001)
Bibliotecas públicas: 09 (2003)
Museus: 08 (2003)
Teatros e casas de shows: 22 (2003)
Cinemas: 21 (2001)
Estabelecimentos de ensino pré-escolar: 777 (2005);

Estabelecimentos de ensino fundamental: 595 (2005);
Estabelecimentos de ensino médio: 258 (2005);
Professores no ensino pré-escolar: 2.580 (2005);
Professores no ensino fundamental: 19.554 (2005);
Professores no ensino médio: 7.535 (2005);
Professores no ensino superior: 10.375 (2004);
Taxa de alfabetização: 95,7% (2001);
Estabelecimentos de saúde: 1.032, sendo 825 privados (2002);
Leitos hospitalares: 9.209, sendo 5.933 disponíveis ao SUS (2003);
Nascidos vivos em 2002: 42.561; N° de seções eleitorais: 3.516 (2002);
N° de eleitores: 1.680.169 (2006); Agências bancárias: 368 (2003);
Receitas orçamentárias realizadas: R$ 2.587.158.202,00 (2003);

Valor do Fundo de Participação dos Municípios – FPM: R$ 129.309.691,50 (2003);
PIB: R$ 18.622.989.000,00 (2002) + 9,24% em relação a 2001;
Arrecadação com impostos em 2001: R$ 3.440.687.000,00;
e Renda per capita aproximada: R$ 7.800,00 (2006).

 

1935

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A história do Município de Belo Horizonte inicia-se no século XVII com a fixação do bandeirante João Leite da Silva Ortiz nas terras delimitadas entre o pé da Serra do Congonhas até a lagoinha. Neste Local, favorecido pela topografia, Ortiz inicia a atividade agrícola e pastoril que promove o desenvolvimento da área tornando-a centro de abastecimento e produção num setor pouco explorado já que o espírito da época estava voltado para exploração do ouro.

Este local, denominado “Cercado”, fora definitivamente concedido em documento através da Carta de Sesmaria aquele bandeirante, em 19 de janeiro de 1711, pelo então governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Fica portanto registrado na história que, oficialmente, foi João Leite da Silva Ortiz, bandeirante, natural de São Francisco, Estado de São Paulo. O primeiro homem civilizado a habitar e possuir o local onde hoje está situada a capital de Minas Gerais.

Mais Tarde, com o desenvolvimento de sua produção, “Cercado” transforma-se num centro de atração de outros povoados passando a ser denominado “Curral d`El Rey” pôr ali existir um curral onde pernoitava o gado destinado ao pagamento da taxas reais.

“Curral d`El Rey “abastecia as grandes minerações da zona do Rio das velhas e via aumentar sua população com a chegada dos forasteiros. Como Distrito de Ordenhança, teve com Capitão o próprio Ortiz, nomeado a 02 de fevereiro de 1714 pelo governador, D. Braz de Baltazar.

A 06 de abril de 1714, com a formação das três primeiras Comarcas de Minas, “Curral d`El Rey ” fica pertecendo à Comarca do Rio das Velhas, cuja a sede era Sabará.

Com a Proclamação da República e conseqüente divulgação de novas idéias, os moradores de “Curral d`El Rey”sentiram a necessidade de mudar o nome do distrito. Foram indicados: Terra Nova, Santa Cruz, Nova Floresta, Cruzeiro do Sul e Novo Horizonte, sendo este último, pelo Capitão José Carlos Vaz de Mello, o mais aceito, não sem sofrer uma importante alteração sugerida pôr Luiz Daniel Cornélio de Cerqueira que propõe o nome Belo Horizonte.

Ainda como conseqüência do novo regime de governo instaurado no País, pensou-se em transferir a Capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte, lugar de maior expressão econômica. Esta idéia tomou consistência maior no governo provisório do Dr. Augusto de Lima, mas sua concretização só se deu no governo seguinte, do Dr. Afonso Augusto Moreira Pena,. Que incumbiu o Eng. Paraense Aarão reis, de organizar e dirigir uma comissão de estudos para a mudança da Capital.

Formada a comissão, iniciou-se o processo de construção da nova Capital, comandada após o pedido de demissão de Aarão Reis, pôr Francisco de Paula Bicalho.

A ideia de mudança da Capital, entretanto, não foi aprovada pelo povo ouropretano que resistia contrariamente à decisão até o último instante, ou seja, até a inauguração da nova Capital em 12 de dezembro de 1897.

A nova Capital que já contava com uma considerável expansão de diversas pequenas indústrias que ali se instalavam, teve a industrialização como fator importante para o seu desenvolvimento.

Já pôr volta de 1912, contava com um apreciável parque industrial no qual predominavam as indústrias médias que foram se expandindo até a formação da Zona Industrial de Belo Horizonte, composta pôr mais de vinte empresas. Em conseqüência da industrialização, surgiram e se desenvolveram os setores comerciais e de prestação de serviços.

Hoje, Belo Horizonte é o terceiro centro urbano do País. Uma metrópole que abriga uma população de aproximadamente 2,5 milhões de habitantes e na juventude de seus 99 anos de fundação trabalha na busca de um desenvolvimento maior e na possibilidade de ser, ainda mais, uma cidade saudável e acolhedora.