Camanducaia – Minas Gerais, Conheça Sua História
A História de Camanducaia MG
E que significa Camanducaia? Segundo Daniel de Carvalho, o vocábulo significa FEIJÃO CRU; Martins traduz como FEIJÃO SADIO; Silva Pontes quer que seja FAVA PICANTE AO PALADAR; e Francisco Freire Alemão acha que o sentido seja, QUEIMADA PARA CAÇAR. Como se vê há divergências, mas oficialmente ficou o parecer de Freire, QUEIMADA PARA CAÇAR – QUEIMADA PARA LAVOURA.
Na opinião de muitos, o nome Camanducaia não trouxe bons fluidos para a nossa terra, acredita-se que com a denominação de Jaguary nossa cidade tinha um melhor desenvolvimento cultural e social para o contexto da época.
Em 1833, tinha o arraial um grupo de líderes, à frente dos quais se colocava o vigário, como das principais figuras. Era subordinada à vila de Pouso Alegre, mas o povo estava mal satisfeito com o procedimento das autoridades da vila. E resolveram reagir, criando a própria vila. Eis os fatos: No dia 7 de setembro de 1833, reunidos os moradores na Praça da Matriz, a fim de festejarem a data magna da independência nacional, resolveram por unanimidade – povo, autoridades e guardas nacionais (entre as autoridades, o vigário Pe. Francisco de Paula Toledo) – fazer sua própria independência, elevando a freguesia a Vila.
Logo que foi proclamada Vila, foi levantado o pelourinho na antiga praça do Rosário, hoje Praça Cel. Orestes Nóbrega, como marca definitiva desta conquista. Não houve perturbação da ordem. No mesmo dia, foi redigida e assinada uma representação, na qual os moradores se queixavam amargamente das arbitrariedades das autoridades judiciais da vila de Pouso Alegre e queixavam – também da Câmara daquela vila, pela demora em prestar informações solicitadas a propósito do pedido dos mesmos habitantes. E, por isso, resolveram proclamar a independência do arraial, até decisão da Regência do Império.
Foram processados os juízes de paz do distrito, Pedro de Alcântara e Silva, da freguesia; Félix José de Noronha Negreiros, de Santa Rita, Antonio da Silva, de Capivari. Foram condenados, houve recurso e, com o tempo, veio a anistia para os sediciosos de Ouro Preto, de 1.833, da qual os juízes de paz se valeram (Amadeu de Queirós, o Senador José Bento).
Finalmente os camanducaienses conquistaram sua autonomia municipal pela Lei n.º 171 de 23 de março de 1.840 e recebeu a denominação de Vila de Jaguary.
Aos 3 de maio de 1842, deu-se a instalação solene da Vila, tomando posse a sua primeira Câmara que ficou assim constituída: Antonio Felisberto Nogueira, Presidente e Agente Executivo Municipal, e os vereadores, Manoel Gomes Guimarães, Antonio Marques de Oliveira, Joaquim de Araújo Ramos, Francisco Ribeiro de Sá, José Ferreira Góis e Melo e Ladislau Goulart Pereira de Miranda e Aragão.
Foi Jaguary elevada à categoria de cidade com a lei providencial n.º 1.527, de 20 de julho de 1868, efeméride que será comemorada com festividades excepcionais.
Um fato inédito coloca Camanducaia como município pioneiro, no Brasil, na campanha abolicionista. Fundado pelo Sr. Francisco Escobar, então jovem republicano e abolicionista, 27 de outubro de 1887, o Clube dos Abolicionistas empolgou por tal forma aquela boa gente que, no dia 31 de março de 1.888, não havia ali nem um escravo.
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