Boa Esperança,inspirada no grande movimento de expressão artística
Boa Esperança,inspirada no grande movimento de expressão artística
Boa Esperança/MG é uma cidade altamente privilegiada. Posição geográfica notável, clima ameno, uma serra majestosa e um lago maravilhoso. Um povo ordeiro, amante da paz da cultura e, sobretudo, acolhedor.
A cidade, hoje, apresenta-nos um agradável aspecto de progresso, tanto no comércio quanto na possibilidade de instalação de indústrias de pequeno e médio porte. Uma rede hoteleira em franca expansão e economia sedimentada pela ação de uma praça bancária sólida completam o tal aspecto.
A vocação turística do município é evidente: a Serra da Boa Esperança, cantada pelos quatro cantos do país por Lamartine Babo, e o Lago dos Encantos, devidamente cercado por um dique, o que lhe faz manter sempre os mesmos níveis, atraem os turistas da região e de todo o país.
A culinária esperancense, com seus quitutes apreciados, em salgados e doces, enriquecem sobremaneira os pratos de lanchonetes e restaurantes, em todas as épocas do ano.
Os eventos sociais e esportivos já fazem parte do calendário em agendas de visitantes ilustres.
O trabalho tem sido a grande arma esperancense em todos os segmentos da sociedade. Operários, funcionários, logistas, empresários, profissionais liberais, todos, enfim, acreditam no futuro de progresso de nossa querida cidade.
A história de Boa Esperança está ligada diretamente à história dos bandeirantes. E tudo começou no século XVIII, quando os bandeirantes portugueses desbravavam florestas atrás de ouro das Minas Gerais.
No ano de 1795, aventureiros de São João Del Rei vieram até Lavras na esperança de ali encontrar um lugar propício às buscas. Um deles, João de Souza Bueno, um caboclo de 30 anos, descendente do célebre Amador Bueno, caminhando mais que os outros, que pararam na região de Três Pontas, enveredou-se pelas matas da região e montou acampamento às margens do Córrego do Ouro, na intenção de explorar as vertentes do riacho, exatamente nos atuais limites do município de Boa Esperança com Campos Gerais.
Dois anos mais tarde, vieram ter ao acampamento de João de Souza Bueno, dois chefes de bandeiras vindos de Baependi e Aiuruoca, rumo ao Rio Sapucaí: os Capitães-Mor de Milícias José Alves de Figueiredo e Constantino D’Albuquerque.
José Alves de Figueiredo casou-se com Maria Vilela do Espírito Santo e tiveram 11 filhos. Comprou uma gleba de terra chamada Assis Maria, com montanhas e água em abundância, onde mandou seus escravos construírem uma majestosa e grandiosa casa*, hoje chamada Fazenda Serra.
Mais tarde, José Alves de Figueiredo abriu caminho pela floresta até o Ribeirão de São Pedro, onde ele adquiriu também mais uma propriedade, a Fazenda Ribeirão do São Pedro. Tempos depois resolveu seguir viagem, comprando por oito mil ducados uma extensão de terra prodigiosa, de aproximadamente seis léguas, às margens de uma atraente planície, assentada no sopé de uma serra com muitas cachoeiras e paisagens belíssimas e únicas, de onde se vislumbra um magnífico panorama.
O outro Capitão-Mor Constantino D’Albuquerque, prosseguiu até o local onde se localiza Carmo do Rio Claro. Instalado em suas terras, o Capitão-Mor José Alves de Figueiredo resolveu, então, tomar providências para formar um povoado, conseguindo, para isso, a vinda do Padre Cleto e de algumas famílias.
Por volta de 1804, com o apoio de outros chefes de família e proprietários de terras da região – Francisco José da Silva Serrote e José Meireles de Matos, proprietários do Serrote, dos Meireles, do Mambô, das Cardosas, do Leitão; e Manoel de Barros, proprietário do Barro – cada um deu um pedaço de terras para formar o patrimônio da freguesia e assim iniciaram a construção da Capela de Nossa Senhora das Dores – onde hoje está a Basílica Menor Nossa Senhora das Dores – em torno da qual foram se agrupando os moradores, aumentando, assim, o povoado de Dores do Pântano.
Aos 9 de junho de 1813, o povoado tornou-se freguesia, sendo substituída a palavra Pântano por Boa Esperança. Em 22 de junho de 1868, desmembrou-se o distrito da Tutela do Município de Três Pontas, instalando-se a Vila de Dores de Boa Esperança, passando a se chamar Dores de Boa Esperança.
Em 15 de outubro de 1869, passou de Vila para a categoria de Município. E em 1939, passou a chamar-se apenas Boa Esperança. As razões desses nomes estão contidas nos próprios nomes:
• Dores do Pântano – pela devoção do capitão José Alves de Figueiredo a Nossa Senhora das Dores, Padroeira da cidade, e pela característica pantanosa do terreno onde se fixaram as primeiras casas .
• Dores da Boa Esperança – encerrando a religiosidade dos nossos antepassados e toda a esperança que depositaram nesta boa terra.
• Finalmente, Boa Esperança – por razões práticas e também por se conservar a terra sempre boa e a esperança renascendo a cada dia, no coração deste povo.
Curta nossa página do Visite Minas no FaceBook